MATERNIDADE ESPIRITUAL
O sacerdote e a mãe espiritual
É receber no coração um sacerdote como filho espiritual ,é fazê-lo com as mesmas virtudes da Virgem Maria, Mãe de Deus, dos homens e da Igreja, é falar, calar, rezar, sofrer, se alegrar sempre, com o sacerdote, enfim, fazer tudo que Maria Santíssima fez com Jesus, por Jesus e para Jesus, é sempre anular-se, de preferência não dizê-lo para o sacerdote por quem se oferece, pois seu silêncio Mariano terá mais maternidade, fazê-lo por quem ele é revestido, pelo próprio Cristo. E pode-se esperar, quem se oferece por um presbítero acolhe a Coroa de Cristo, pode esperar, é ir ao âmago do Coração de Jesus.
Para se tornar uma mãe espiritual em comunhão com nossa Comunidade basta nos enviar o seu nome, endereço completo, assim estaremos vos enviando o roteiro de orações para que unida a nós esteja em oração pelo sacerdote que Deus pede que reze por ele, caso não tenha nenhum sacerdote em vossos coração, nós enviaremos o nome de algum . Não perca tempo seja uma Mãe Espiritual de um sacerdote, Eles precisam muito de nossas orações.
ADOTE UM SACERDOTE
O que é a maternidade espiritual?
Se já na vida natural a criança é acolhida, dada à luz ,alimentada e cuidada pela sua mãe, este pensamento muito mais se aplica a vida espiritual: por detrás de todos os sacerdotes se encontra uma mãe espiritual, que suplicou a Deus pela sua vocação, que os traz ao mundo entre dores espirituais, e que os “alimenta” oferecendo como dádiva a Deus tudo o que no decurso do dia faz, para se que se tornem sacerdotes santos, sacerdotes fiéis à sua identidade específica e às suas funções específicas.
Quem pode ser mãe espiritual de um sacerdote?
Para ser uma mãe espiritual dos sacerdotes, uma mulher não precisa ser mãe física . Independentemente da idade e estado civil, todas as mulheres podem tornar-se mães espirituais dos sacerdotes, ou seja, mulheres solteiras, mães de família, viúvas, religiosas e consagradas e, sobretudo, aquelas que oferecem o seu sofrimento por amor.
Santidade Sacerdotal à Luz de Maria
A Maternidade espiritual nada mais é que viver a busca da perfeição cristã a luz e exemplo de Maria ,na qual viveu ,sofreu e ofereceu toda a sua vida para auxílio e cuidado de Seu filho Sumo e Eterno Sacerdote, com isso a Total Consagração a Jesus pelas Mãos de Maria( A Santa escravidão de Amor), pode e deve ser um auxílio perfeito para todas as almas que desejam oferecer-se pela santificação do clero, pois na medida que nos entregamos a Nossa Senhora, Ela se dá a nós, e nos auxilia na busca da santidade, e quanto mais santa for uma alma, mais ela auxiliará com toda a sua entrega na santificação dos sacerdotes.
Oração de Santa Teresinha pelos Sacerdotes
"Ó Jesus, Sumo e Eterno Sacerdote, conservai todos os vossos Sacerdotes sob a proteção do vosso Coração amabilíssimo, onde nada de mal lhes possa suceder. Conservai ilibadas as suas mãos ungidas, que tocam todos os dias em vosso Corpo Santíssimo. Conservai puros os seus lábios, tintos pelo vosso Sangue preciosíssimo. Conservai puros e desapegados dos bens da terra, os seus corações que foram selados com o caráter sublime do vosso glorioso sacerdócio. Fazei-os crescer no amor e fidelidade para convosco e preservai-os do contágio do mundo. Dai-lhes também, juntamente com o poder que têm de transubstanciar o pão e vinho em Vosso Corpo e Sangue, o poder de transformar os corações dos homens. Abençoai os seus trabalhos com copiosos frutos, e concedei-lhes um dia a coroa da vida eterna. Assim seja."

"O Sacerdote é o amor do coração de Jesus."
— São João Maria Vianney
Carta escrita pelo Cardeal Dom Cláudio Hummes promovendo a adoração eucarística pela santificação dos sacerdotes e maternidade espiritual:
EXCELÊNCIA REVERENDÍSSIMA,
são realmente muitas as coisas a serem feitas para o verdadeiro bem do Clero e para a fecundidade do ministério pastoral nas circunstâncias atuais, mas, exatamente por isso, mesmo com o firme propósito de enfrentar essas dificuldades e essas fadigas, cientes de que o agir sucede ao ser e que a alma de cada apostolado é a intimidade com Deus, pretende-se iniciar um movimento espiritual que, favorecendo uma consciência cada vez maior da ligação ontológica entre Eucaristia e Sacerdócio e da especial Maternidade de Maria em relação a todos os Sacerdote, dê vida a uma corrente de adoração perpétua, para a santificação dos clérigos, e a um novo empenho das almas femininas consagradas para que, inspirando-se à tipologia da Beata Virgem Maria, Mãe do Sumo e Eterno Sacerdote e associada, de modo singular, à sua obra de Redenção, queiram adotar espiritualmente sacerdotes para ajudá-los com a oferta de si, a oração e a penitência. Na adoração, está sempre incluído o ato de reparação pelas próprias faltas e, nas atuais circunstâncias, sugere-se uma particular intenção em tal sentido.
Segundo o dado constante da Tradição, o ministério e a realidade da Igreja não se reduzem à estrutura hierárquica, à liturgia, aos sacramentos e aos ordenamentos jurídicos. De fato a natureza intima da Igreja e a origem primeira de sua eficácia santificadora, devem ser buscadas na mística união com Cristo.
A doutrina, e a própria estrutura da constituição dogmática Lumen Gentium, afirmam que essa união não pode ser imaginada separada da Mãe do Verbo Encarnado, Aquela que Jesus quis intimamente unida a Si para a salvação de todo o gênero humano.
Não é casual, portanto, que no mesmo dia em que era promulgada a constituição dogmática sobre a Igreja – 21 de novembro de 1964 -, Paulo VI proclamasse Maria “Mãe da Igreja”, ou seja, mãe de todos os fiéis e de todos os pastores.
O Concílio Vaticano II – referindo-se à Bem Aventurada Virgem – assim se expressa: “...Concebendo, gerando e alimentando a Cristo, apresentando-O ao Pai no templo, padecendo com Ele quando agonizava na cruz, cooperou de modo singular, com a sua fé, esperança e ardente caridade, na obra do Salvador, para restaurar nas almas a vida sobrenatural. É por esta razão nossa mãe na ordem da graça.” (LG n 61).
Sem nada acrescentar ou tirar à única mediação de Cristo, a sempre Virgem é reconhecida e invocada, na Igreja, com títulos de Advogada, Auxiliadora, Socorro e Medianeira; Ela é o modelo do amor materno que deve animar todos os que cooperam, através da missão apostólica da Igreja, na regeneração da inteira humanidade (cfr LG n 65).
À luz destes ensinamentos que são parte da eclesiologia do Concílio Vaticano II, os fiéis, dirigindo o olhar para Maria – exemplo fúlgido de toda virtude -, são chamados a imitar a primeira discípula, a mãe, à qual foi confiado, em João – aos pés da cruz (cfr Jo 19, 25-27) –, cada discípulo, e assim, tornando-se seus filhos, aprendem com ela o verdadeiro sentido da vida em Cristo.
Desta forma – e exatamente a partir do lugar ocupado pela Virgem Santíssima e do papel por Ela desenvolvido na história da salvação - pretende-se, de maneira muito especial, confiar a Maria, a Mãe do Sumo e Eterno Sacerdote, cada Sacerdote, suscitando, na Igreja, um movimento de oração que coloque no centro a adoração eucarística contínua, no arco de tempo das vinte e quatro horas, de modo que, de cada canto da terra, sempre se eleve a Deus, incessantemente, uma oração de adoração, agradecimento, louvor, pedido e reparação, com o objetivo precípuo de suscitar um número suficiente de santas vocações para o estado sacerdotal e, ao mesmo tempo, de acompanhar espiritualmente – na realidade do Corpo Místico - ,com uma espécie de maternidade espiritual, todos os que já foram chamados ao sacerdócio ministerial e são ontologicamente modelados ao único Sumo e Eterno Sacerdote, para que cada vez melhor sirvam a Ele e aos irmãos, colocando-se não apenas “na” Igreja, mas também “perante” a Igreja, como prolongamento visível e sinal sacramental de Cristo que representam como cabeça, pastor e esposo da Igreja (PdV n 16).
Pede-se portanto a todos os Ordinários diocesanos que percebem, em particular, a especificidade e a insubstituibilidade do ministério ordenado na vida da Igreja, juntamente à urgência de uma ação comum a favor do sacerdócio ministerial, de se tornarem parte ativa e de promover – nas diferentes porções do povo de Deus a eles confiadas -, verdadeiros cenáculos onde clérigos, religiosos e leigos, unidos entre si e em espírito de verdadeira comunhão, se dediquem à oração, sob forma de adoração eucarística contínua, inclusive em espírito de genuína e real reparação e purificação. Para tal fim, inclui-se um fascículo que tem como finalidade fazer compreender melhor a índole da iniciativa, para aderir em espírito de fé ao projeto aqui apresentado.
Maria, Mãe do Único, Eterno e Sumo Sacerdote, abençoe esta iniciativa e interceda, junto a Deus, pedindo uma autêntica renovação da vida sacerdotal a partir do único modelo possível: Jesus Cristo, Bom Pastor!
Presto obséquios cordiais no Vínculo da comunhão eclesial com sentimentos de intenso afeto colegial
Cláudio Card. Hummes
Prefeito
X Mauro Piacenza
Secretario
ORAÇÃO DO PAPA BENTO XVI
Igreja da Santíssima Trindade - Fátima
Quarta-feira, 12 de Maio de 2010
Mãe Imaculada,
neste lugar de graça,
convocados pelo amor do vosso Filho Jesus,
Sumo e Eterno Sacerdote, nós,
filhos no Filho e seus sacerdotes,
consagramo-nos ao vosso Coração materno,
para cumprirmos fielmente a Vontade do Pai.
Estamos cientes de que, sem Jesus,
nada de bom podemos fazer (cf. Jo 15, 5)
e de que, só por Ele, com Ele e n’Ele,
seremos para o mundo
instrumentos de salvação.
Esposa do Espírito Santo,
alcançai-nos o dom inestimável
da transformação em Cristo.
Com a mesma força do Espírito que,
estendendo sobre Vós a sua sombra,
Vos tornou Mãe do Salvador,
ajudai-nos para que Cristo, vosso Filho,
nasça em nós também.
E assim possa a Igreja
ser renovada por santos sacerdotes,
transfigurados pela graça d'Aquele
que faz novas todas as coisas.
Mãe de Misericórdia,
foi o vosso Filho Jesus que nos chamou
para nos tornarmos como Ele:
luz do mundo e sal da terra
(cf. Mt 5, 13-14).
Ajudai-nos,
com a vossa poderosa intercessão,
a não esmorecer nesta sublime vocação,
nem ceder aos nossos egoísmos,
às lisonjas do mundo
e às sugestões do Maligno.
Preservai-nos com a vossa pureza,
resguardai-nos com a vossa humildade
e envolvei-nos com o vosso amor materno,
que se reflecte em tantas almas
que Vos são consagradas
e se tornaram para nós
verdadeiras mães espirituais.
Mãe da Igreja,
nós, sacerdotes,
queremos ser pastores
que não se apascentam a si mesmos,
mas se oferecem a Deus pelos irmãos,
nisto mesmo encontrando a sua felicidade.
Queremos,
não só por palavras mas com a própria vida,
repetir humildemente, dia após dia,
o nosso « eis-me aqui».
Guiados por Vós,
queremos ser Apóstolos
da Misericórdia Divina,
felizes por celebrar cada dia
o Santo Sacrifício do Altar
e oferecer a quantos no-lo peçam
o sacramento da Reconciliação.
Advogada e Medianeira da graça,
Vós que estais totalmente imersa
na única mediação universal de Cristo,
solicitai a Deus, para nós,
um coração completamente renovado,
que ame a Deus com todas as suas forças
e sirva a humanidade como o fizestes Vós.
Repeti ao Senhor aquela
vossa palavra eficaz:
« não têm vinho » (Jo 2, 3),
para que o Pai e o Filho derramem sobre nós,
como que numa nova efusão,
o Espírito Santo.
Cheio de enlevo e gratidão
pela vossa contínua presença no meio de nós,
em nome de todos os sacerdotes quero,
também eu, exclamar:
« Donde me é dado que venha ter comigo
a Mãe do meu Senhor?» (Lc 1, 43).
Mãe nossa desde sempre,
não Vos canseis de nos visitar,
consolar, amparar.
Vinde em nosso socorro
e livrai-nos de todo o perigo
que grava sobre nós.
Com este acto de entrega e consagração,
queremos acolher-Vos de modo
mais profundo e radical,
para sempre e totalmente,
na nossa vida humana e sacerdotal.
Que a vossa presença faça reflorescer o deserto
das nossas solidões e brilhar o sol
sobre as nossas trevas,
faça voltar a calma depois da tempestade,
para que todo o homem veja a salvação
do Senhor,
que tem o nome e o rosto de Jesus,
reflectida nos nossos corações,
para sempre unidos ao vosso!
Assim seja!
ATO DE CONFIANÇA E CONSAGRAÇÃO
DOS SACERDOTES AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA